Uma Biblioteca Viva requer leituras vivas, conhecimento vivo. Nosso sentido principal é criar um espaço que seja atraente, onde leituras e brincadeiras se confundem: assim como deve ser, influenciando positivamente o jogo imaginário, relacionado diretamente com o processo cognitivo e perceptivo da criança. Espaços adequados a todos promovem o bem-estar e possibilitam à criança liberdade para brincar por períodos mais longos, pois seus acompanhantes também estão usufruindo momentos de lazer. A convivência se dá entre crianças, crianças e seus pais ou outros adultos, entre adultos. Aliás, isto nos encantou muito no processo: adultos, mais do que simples acompanhantes, brincando, ajudando seus filhos e se divertindo com eles.
Sem dúvida, um espaço aliado à criança é gerador de brincadeira. É por isso que nessa caminhada descobrimos algo que chamamos de ‘espaço livre’, um espaço (também mental) para que nós estejamos receptivos ao que vai aparecer, ao que a criança vai trazer. As crianças logo percebem que podem propor, apropriando-se do espaço e das brincadeiras. Na prática fica assim: um tanto de atividades nós propomos, outro tanto ficamos abertos (e o palhaço Coisa Fina em especial) com a percepção aguçada para poder permitir a existência de experiências novas, não pensadas por nós, que muda de acordo com a região e faixa etária predominante.
“O desafio do adulto reside em construir uma relação que permita à criança ser agente da sua própria brincadeira, tendo na figura dele um parceiro de jogo que a respeita e a estimula cada vez mais ampliar seus horizontes’’ (OLIVEIRA, 2000, p. 32 apud RESENDE, 2009).
Os livros ficam à disposição, para que se manuseie e possa escolher o que se quer ler, tanto no próprio local quanto levar para casa, no caso de troca. Nesta escolha pelo livro, a criança é invadida por novas informações, emoções e, normalmente, quer dividir o que viveu, o que descobriu. Destacando os livros e a contação de história, cria-se um ambiente voltado para suscitar o interesse pela leitura, buscando criar e aproximar a empatia entre crianças e livros
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