19 abril, 2010

Curumim chama cunhata que eu vou contar...

Hoje é 19 de abril!

 
“Vocês já perceberam que tudo o que um índio faz está dentro de um círculo, isto porque o Poder do Mundo trabalha sempre em círculos e as coisas todas tentam ser redondas. Nos velhos dias, quando ainda éramos um povo forte e feliz, o nosso poder provinha do anel sagrado da nação, e enquanto este anel manteve-se intacto o povo floresceu. A árvore florida era o centro vivo do anel e o círculo dos quatro quadrantes a alimentava. O leste trazia a paz e a luz; o sul, o calor; o oeste, a chuva; e o norte, com seu vento rijo e frio, trazia a força e a paciência. Este conheci­mento foi a religião que nos trouxe do mundo exterior. Tudo o que o Poder do Mundo faz é feito em círculo. O céu e redondo e ouvi dizer que a terra é redonda como a bola, e as estrelas também. O vento, no seu máximo poder, rodopia. Os pássaros constroem ninhos em círculos, pois a religião deles é igual à nossa. O sol vem e vai num círculo, como a lua, e ambos são redondos.
Mesmo as estações formam um grande círculo em suas mudanças, voltando sempre ao ponto em que estiveram. A vida de um homem é um círculo de infância a infância, e assim em tudo o que o poder move. Nossas tendas eram redondas como os ninhos dos pássaros e dispostas em círculo, o anel da nação, um ninho de muitos ninhos que o Grande Espírito nos deu para gerar nossos filhos.”
Hehaka Sapa, ou Alce Negro, chefe e místico Sioux Oglala explica-nos a importância e o simbolismo do círculo para o índio...


Curumim
chama cunhata 
que eu vou contar...






      “O homem branco jamais se preocupou com a terra, nem com o veado, nem com o urso. Quando nós, índios, matamos um animal, comemos ele todo. Quando queremos arrancar uma raiz, fazemos peque­nos buracos no chão. Quando construímos casas, também fazemos pequenos buracos. Quando queimamos a erva contra os gafanhotos, não arruinamos tudo. Recolhemos as bolotas e as pinhas. Não derrubamos árvores. Usamos apenas madeira morta. Mas os brancos reviram a terra, arrancam as árvores, matam tudo. A árvore diz “Não! Eu sou sensível. Não me fira”. Mas eles a derrubam e a cortam em pedaços. O espírito da terra os odeia. Eles destroem as árvores e as puxam pelas entranhas. Eles serram as árvores. Isto as fere. Os índios nunca ferem nada, enquanto os brancos destroem tudo. Explodem rochas e as espalham pelo chão. A pedra diz “Não! Você está me ferindo”. Mas o branco não pres­ta atenção. Quando os índios usam pedras, escolhem as menores e arredondadas que servem para a cozinha. Como é que o espírito da terra pode gostar do homem branco? Onde o branco põe a mão há sofrimento.”
Uma velha Wintu religiosa fala com tristeza da destruição brutal e desnecessária de sua terra pelos brancos...


Palavra de índio! 
 Kaka Wera Jecupe 
na Biblioteca Viva Itinerante
  em dezembro de 2009,
sempre divulgando valores como a consciência ecológica e o respeito à diversidade cultural .

04 abril, 2010

venha participar do Bloco do Baralho!!!!

Dias 16, 17 e 18 de abril
Na Vila Cultural AlmA Brasil


Novidades

Fomos ate a Teias das Açoes, da qual o biblioteca viva faz parte (pontinhos e açao grio). ficamos muito felizes, o local realmente respirava a cultura popular e la recebemos a noticia que o PROMIC patrocinará mais 17 eventos do Biblioteca Viva Itinerante!!!!!!
entao, a partir de maio voltamos contudo.
Para 2010, nosso segundo ano de atuação, a principal melhoria a ser apresentada é humana, contando a equipe com mais um monitor. Assim, alem da equipe fixa haverá 2 monitores periódicos, pois cada lugar tem sua especificidade: tem lugar onde os livros e contação de histórias encantam mais, e, portanto, levamos mais contadores; tem lugar que a perna-de-pau é concorridíssima (precisamos de um monitor extra pra dar conta), tem lugar que ter vários palhaços faz a diferença total... (e assim podemos falar de vários elementos...), também há a questão da faixa etária que predomina, da classe social, do número de participantes...
Biblioteca Viva Itinerante: uma mistura de palavras e brinquedos, histórias e brincadeiras, poemas, livros e palhaços, cirandas e almofadas, desenhos e tambores, sucatas e pernas de pau... e muito mais!!!!